Controvérsia sobre a segurança quântica do Bitcoin aumenta: Michael Saylor minimiza riscos, especialistas do setor alertam que a janela de atualização está a diminuir
À medida que a indústria de blockchain começa a reconhecer as ameaças potenciais trazidas pela computação quântica, a questão da segurança quântica do Bitcoin voltou a ser um foco de atenção no mercado. Recentemente, a Solana implementou assinaturas digitais quânticas na sua testnet, e o Ethereum também incluiu a segurança quântica em seu roteiro de longo prazo, destacando a alta prioridade que as principais blockchains dão aos riscos criptográficos futuros. Em comparação, embora o Bitcoin já tenha discussões e propostas relacionadas, ainda há um amplo debate sobre se será possível realizar a atualização antes que a ameaça quântica realmente chegue.
A figura de destaque no setor financeiro do Bitcoin, Michael Saylor, mantém uma postura relativamente otimista. Ele acredita que a computação quântica não destruirá o Bitcoin, mas poderá “reforçá-lo”, e sugere que grandes empresas de tecnologia e sistemas governamentais liderarão a resolução dos problemas de segurança quântica, deixando tempo suficiente para o Bitcoin reagir. Essa declaração gerou divisões claras na comunidade.
Vários especialistas em blockchain e criptografia expressaram cautela em relação ao ponto de vista de Saylor. Eli Ben-Sasson, fundador do Starknet e Zcash, apontou que, teoricamente, o Bitcoin pode realizar uma atualização de segurança quântica, mas na prática, o mecanismo de consenso é extremamente lento, dificultando até mesmo propostas de melhorias relativamente simples, quanto mais uma grande atualização criptográfica que envolva toda a rede. O ex-cofundador da Polygon, Mihailo Bjelic, também alertou que, mesmo com uma atualização bem-sucedida, geralmente leva mais de dois anos, e a possibilidade de realizar uma “atualização sem atritos” no ambiente real é extremamente baixa.
No nível de avaliação de risco, algumas instituições já oferecem previsões mais quantitativas. Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, estima que, entre 2028 e 2030, a probabilidade de o Bitcoin sofrer um ataque quântico pode chegar a 34% a 55%. Se a atualização não for implementada a tempo, o risco de perda de valor do Bitcoin também aumentará proporcionalmente. Ele enfatiza que, considerando que a implantação da atualização leva de 2 a 3 anos, esse risco não é algo distante.
Do ponto de vista técnico, o mecanismo de assinatura ECDSA atualmente utilizado pelo Bitcoin é teoricamente vulnerável a ataques de algoritmos quânticos, enquanto o hash SHA-256 é relativamente mais seguro. Especialistas apontam que alguns endereços antigos, especialmente aqueles da era de Satoshi, apresentam maior risco de exposição; por outro lado, os endereços de nova geração com Segregated Witness (SegWit) oferecem, em certa medida, maior resistência à computação quântica.
De modo geral, ainda há incerteza sobre se a computação quântica ameaçará o Bitcoin em curto prazo, mas o consenso na indústria está se formando: o “janelar de tempo” para que o Bitcoin realize uma atualização de segurança quântica está se estreitando. Independentemente de a ameaça se manifestar em cinco ou dez anos, as discussões e preparações em torno da segurança quântica do Bitcoin já deixaram de ser uma questão puramente teórica.
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Controvérsia sobre a segurança quântica do Bitcoin aumenta: Michael Saylor minimiza riscos, especialistas do setor alertam que a janela de atualização está a diminuir
À medida que a indústria de blockchain começa a reconhecer as ameaças potenciais trazidas pela computação quântica, a questão da segurança quântica do Bitcoin voltou a ser um foco de atenção no mercado. Recentemente, a Solana implementou assinaturas digitais quânticas na sua testnet, e o Ethereum também incluiu a segurança quântica em seu roteiro de longo prazo, destacando a alta prioridade que as principais blockchains dão aos riscos criptográficos futuros. Em comparação, embora o Bitcoin já tenha discussões e propostas relacionadas, ainda há um amplo debate sobre se será possível realizar a atualização antes que a ameaça quântica realmente chegue.
A figura de destaque no setor financeiro do Bitcoin, Michael Saylor, mantém uma postura relativamente otimista. Ele acredita que a computação quântica não destruirá o Bitcoin, mas poderá “reforçá-lo”, e sugere que grandes empresas de tecnologia e sistemas governamentais liderarão a resolução dos problemas de segurança quântica, deixando tempo suficiente para o Bitcoin reagir. Essa declaração gerou divisões claras na comunidade.
Vários especialistas em blockchain e criptografia expressaram cautela em relação ao ponto de vista de Saylor. Eli Ben-Sasson, fundador do Starknet e Zcash, apontou que, teoricamente, o Bitcoin pode realizar uma atualização de segurança quântica, mas na prática, o mecanismo de consenso é extremamente lento, dificultando até mesmo propostas de melhorias relativamente simples, quanto mais uma grande atualização criptográfica que envolva toda a rede. O ex-cofundador da Polygon, Mihailo Bjelic, também alertou que, mesmo com uma atualização bem-sucedida, geralmente leva mais de dois anos, e a possibilidade de realizar uma “atualização sem atritos” no ambiente real é extremamente baixa.
No nível de avaliação de risco, algumas instituições já oferecem previsões mais quantitativas. Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, estima que, entre 2028 e 2030, a probabilidade de o Bitcoin sofrer um ataque quântico pode chegar a 34% a 55%. Se a atualização não for implementada a tempo, o risco de perda de valor do Bitcoin também aumentará proporcionalmente. Ele enfatiza que, considerando que a implantação da atualização leva de 2 a 3 anos, esse risco não é algo distante.
Do ponto de vista técnico, o mecanismo de assinatura ECDSA atualmente utilizado pelo Bitcoin é teoricamente vulnerável a ataques de algoritmos quânticos, enquanto o hash SHA-256 é relativamente mais seguro. Especialistas apontam que alguns endereços antigos, especialmente aqueles da era de Satoshi, apresentam maior risco de exposição; por outro lado, os endereços de nova geração com Segregated Witness (SegWit) oferecem, em certa medida, maior resistência à computação quântica.
De modo geral, ainda há incerteza sobre se a computação quântica ameaçará o Bitcoin em curto prazo, mas o consenso na indústria está se formando: o “janelar de tempo” para que o Bitcoin realize uma atualização de segurança quântica está se estreitando. Independentemente de a ameaça se manifestar em cinco ou dez anos, as discussões e preparações em torno da segurança quântica do Bitcoin já deixaram de ser uma questão puramente teórica.