Os futuros de petróleo bruto WTI para entrega em janeiro recuaram -0,62 pontos (-1,08%) na segunda-feira, enquanto a gasolina RBOB de janeiro caiu -0,0198 pontos (-1,13%). O duplo declínio pressionou ambas as commodities para mínimas de vários meses—o petróleo atingiu seu ponto mais baixo em 1,75 meses, enquanto a gasolina registrou uma nova mínima de contrato de 4,75 anos. Este pullback reflete uma convergência de fatores em baixa que prejudicaram a confiança dos investidores nas trajetórias de demanda de energia.
Sinais de Demanda da China Sinalizam Pullback de Energia
A principal pressão sobre os preços do petróleo bruto decorre do enfraquecimento dos dados económicos da China, que desanimaram as expectativas de crescimento e, consequentemente, as previsões de consumo de energia. A produção industrial da China em novembro arrefeceu inesperadamente para +4,8% em relação ao ano anterior, abaixo dos +4,9% de outubro e do aumento previsto de +5,0%. As vendas no retalho pintaram um quadro ainda mais preocupante, expandindo apenas +1,3% em relação ao ano anterior, em comparação com as expectativas de +2,9%—marcando o ritmo mais lento em 2,75 anos.
Esses números decepcionantes reverberaram nos mercados globais de energia porque a China é o maior importador de petróleo bruto do mundo. Sinais de contração da demanda de Pequim historicamente precedem desacelerações mais amplas no consumo de energia globalmente.
A Fraqueza do Mercado de Ações Amplifica o Pessimismo Energético
Preocupações crescentes com a demanda levaram o S&P 500 a uma baixa de 2 semanas na segunda-feira, erodindo o otimismo de curto prazo sobre a força econômica. A fraqueza do mercado de ações tem servido há muito tempo como um indicador antecipado da demanda por energia, uma vez que a ansiedade econômica mais ampla se traduz tipicamente em redução da atividade industrial e do consumo de combustível para transporte. Essa correlação historicamente tem subestimado as avaliações do petróleo durante períodos de estresse no setor de ações.
Mudanças Geopolíticas Remodelam a Dinâmica de Preços
Os comentários recentes do presidente ucraniano Zelenskiy de que as negociações entre os EUA e a Ucrânia foram “muito construtivas” suscitaram especulações sobre um potencial cessar-fogo russo-ucraniano. Tal resultado provavelmente desencadearia o alívio das sanções sobre as exportações de energia da Rússia, alterando fundamentalmente a dinâmica da oferta global de petróleo de forma em baixa para os níveis de preços atuais. Os participantes do mercado reconhecem que a redução das tensões geopolíticas, embora benéfica para a estabilidade global, geralmente reduz as avaliações do petróleo, diminuindo os prémios de risco incorporados nos preços.
O crack spread—um indicador crítico que mede as margens dos refinadores—deteriorou-se para um mínimo de 2,25 meses, sinalizando uma deterioração da economia na produção de combustíveis. Esta compressão desestimulou os refinadores a expandir as compras de crude e as corridas de produção. Dados da Vortexa revelaram que o crude armazenado em petroleiros estacionários acumulou 120,23 milhões de barris na semana que terminou em 12 de dezembro, um aumento semanal de +5,1%, confirmando ainda mais as condições de demanda fraca.
As Complexidades do Lado da Oferta Oferecem Apoio Limitado
Apesar dos ventos contrários à demanda, os preços do petróleo bruto beneficiaram-se da oferta limitada de múltiplas fontes. A aplicação das sanções dos EUA contra os envios de petróleo da Venezuela intensificou-se na segunda-feira, quando forças americanas interceptaram e apreenderam um petroleiro sancionado ao largo da costa da Venezuela, com a Reuters a noticiar preparativos para novas interceptações. Estas ações de aplicação complicam as exportações de petróleo bruto da Venezuela—o 12.º maior produtor do mundo—à medida que as empresas de transporte se tornam relutantes em carregar cargas venezuelanas.
As exportações de petróleo da Rússia continuam suprimidas devido a interrupções relacionadas à Ucrânia e sanções ocidentais. Dados da Vortexa de 19 de novembro mostraram que os embarques de produtos petrolíferos da Rússia caíram para 1,7 milhões de barris por dia durante os primeiros 15 dias de novembro, marcando o nível mais baixo em mais de 3 anos. O direcionamento militar ucraniano de pelo menos 28 refinarias russas no trimestre anterior, combinado com danos a um terminal de petróleo do Mar Báltico, restringiu a capacidade de refino e os volumes de exportação da Rússia. O Consórcio do Oleoduto do Mar Cáspio, que transporta 1,6 milhões de barris por dia de exportações de petróleo bruto do Cazaquistão, permanece fechado após danos aos ancoradouros. Sanções adicionais dos EUA e da UE direcionadas à infraestrutura e ao transporte de petróleo russo restringiram ainda mais as capacidades de exportação.
Estratégia de Produção e Equilíbrio de Mercado
A OPEC+ reforçou o seu compromisso de pausar os aumentos de produção até ao 1º trimestre de 2026 no dia 30 de novembro. O cartel já havia anunciado aumentos de produção em dezembro de +137.000 bpd, seguidos pela pausa no 1º trimestre. Esta abordagem medida reflete o reconhecimento da OPEC+ das condições de excesso de petróleo a nível global. A Agência Internacional de Energia previu um excedente global recorde de 4,0 milhões de bpd para 2026, levando a OPEC+ a pausar o seu plano de restauração—que visa recuperar o corte total de 2,2 milhões de bpd realizado no início de 2024, embora 1,2 milhões de bpd permaneçam por restaurar.
A produção de petróleo bruto da OPEC caiu -10.000 bpd para 29,09 milhões de bpd em novembro. A organização revisou suas estimativas do mercado global de petróleo para o Q3 de um déficit para um excedente de 500.000 bpd, contrastando fortemente com a previsão de déficit de -400.000 bpd do mês anterior. As expectativas de produção dos EUA aumentaram, com a EIA elevando sua projeção de produção de petróleo bruto para 2025 para 13,59 milhões de bpd, em comparação com a estimativa do mês anterior de 13,53 milhões de bpd.
Métricas de Inventário e Produção
O relatório de inventário da EIA de 5 de dezembro mostrou que os estoques de crude dos EUA estavam -4,3% abaixo da média sazonal dos últimos 5 anos, os inventários de gasolina diminuíram -1,8% abaixo da média e os estoques de destilados caíram -7,7% abaixo das normas sazonais. A produção de crude dos EUA durante a semana que terminou em 5 de dezembro aumentou +0,3% em relação à semana anterior, para 13,853 milhões de barris por dia, aproximando-se do recorde de 13,862 milhões de barris por dia alcançado no início de novembro.
Os dados da Baker Hughes indicaram que o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA subiu em +1 para 414 na semana que terminou a 12 de dezembro, embora isso continue a ser modesto em comparação com o mínimo de 4 anos de 407 plataformas no final de novembro. A tendência de longo prazo mostra uma deterioração significativa em relação ao pico de 5,5 anos de 627 plataformas registado em dezembro de 2022, refletindo uma contração de -34% ao longo de 2,5 anos.
A convergência da fraqueza da demanda, a redução do risco geopolítico e as condições de oferta equilibradas a surplus têm, coletivamente, prejudicado os preços do petróleo, estabelecendo um ambiente desafiador para os touros da energia que buscam suporte de preços.
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Os mercados de petróleo bruto enfrentam ventos contrários multifacetados à medida que as perspetivas de demanda diminuem
Os futuros de petróleo bruto WTI para entrega em janeiro recuaram -0,62 pontos (-1,08%) na segunda-feira, enquanto a gasolina RBOB de janeiro caiu -0,0198 pontos (-1,13%). O duplo declínio pressionou ambas as commodities para mínimas de vários meses—o petróleo atingiu seu ponto mais baixo em 1,75 meses, enquanto a gasolina registrou uma nova mínima de contrato de 4,75 anos. Este pullback reflete uma convergência de fatores em baixa que prejudicaram a confiança dos investidores nas trajetórias de demanda de energia.
Sinais de Demanda da China Sinalizam Pullback de Energia
A principal pressão sobre os preços do petróleo bruto decorre do enfraquecimento dos dados económicos da China, que desanimaram as expectativas de crescimento e, consequentemente, as previsões de consumo de energia. A produção industrial da China em novembro arrefeceu inesperadamente para +4,8% em relação ao ano anterior, abaixo dos +4,9% de outubro e do aumento previsto de +5,0%. As vendas no retalho pintaram um quadro ainda mais preocupante, expandindo apenas +1,3% em relação ao ano anterior, em comparação com as expectativas de +2,9%—marcando o ritmo mais lento em 2,75 anos.
Esses números decepcionantes reverberaram nos mercados globais de energia porque a China é o maior importador de petróleo bruto do mundo. Sinais de contração da demanda de Pequim historicamente precedem desacelerações mais amplas no consumo de energia globalmente.
A Fraqueza do Mercado de Ações Amplifica o Pessimismo Energético
Preocupações crescentes com a demanda levaram o S&P 500 a uma baixa de 2 semanas na segunda-feira, erodindo o otimismo de curto prazo sobre a força econômica. A fraqueza do mercado de ações tem servido há muito tempo como um indicador antecipado da demanda por energia, uma vez que a ansiedade econômica mais ampla se traduz tipicamente em redução da atividade industrial e do consumo de combustível para transporte. Essa correlação historicamente tem subestimado as avaliações do petróleo durante períodos de estresse no setor de ações.
Mudanças Geopolíticas Remodelam a Dinâmica de Preços
Os comentários recentes do presidente ucraniano Zelenskiy de que as negociações entre os EUA e a Ucrânia foram “muito construtivas” suscitaram especulações sobre um potencial cessar-fogo russo-ucraniano. Tal resultado provavelmente desencadearia o alívio das sanções sobre as exportações de energia da Rússia, alterando fundamentalmente a dinâmica da oferta global de petróleo de forma em baixa para os níveis de preços atuais. Os participantes do mercado reconhecem que a redução das tensões geopolíticas, embora benéfica para a estabilidade global, geralmente reduz as avaliações do petróleo, diminuindo os prémios de risco incorporados nos preços.
O crack spread—um indicador crítico que mede as margens dos refinadores—deteriorou-se para um mínimo de 2,25 meses, sinalizando uma deterioração da economia na produção de combustíveis. Esta compressão desestimulou os refinadores a expandir as compras de crude e as corridas de produção. Dados da Vortexa revelaram que o crude armazenado em petroleiros estacionários acumulou 120,23 milhões de barris na semana que terminou em 12 de dezembro, um aumento semanal de +5,1%, confirmando ainda mais as condições de demanda fraca.
As Complexidades do Lado da Oferta Oferecem Apoio Limitado
Apesar dos ventos contrários à demanda, os preços do petróleo bruto beneficiaram-se da oferta limitada de múltiplas fontes. A aplicação das sanções dos EUA contra os envios de petróleo da Venezuela intensificou-se na segunda-feira, quando forças americanas interceptaram e apreenderam um petroleiro sancionado ao largo da costa da Venezuela, com a Reuters a noticiar preparativos para novas interceptações. Estas ações de aplicação complicam as exportações de petróleo bruto da Venezuela—o 12.º maior produtor do mundo—à medida que as empresas de transporte se tornam relutantes em carregar cargas venezuelanas.
As exportações de petróleo da Rússia continuam suprimidas devido a interrupções relacionadas à Ucrânia e sanções ocidentais. Dados da Vortexa de 19 de novembro mostraram que os embarques de produtos petrolíferos da Rússia caíram para 1,7 milhões de barris por dia durante os primeiros 15 dias de novembro, marcando o nível mais baixo em mais de 3 anos. O direcionamento militar ucraniano de pelo menos 28 refinarias russas no trimestre anterior, combinado com danos a um terminal de petróleo do Mar Báltico, restringiu a capacidade de refino e os volumes de exportação da Rússia. O Consórcio do Oleoduto do Mar Cáspio, que transporta 1,6 milhões de barris por dia de exportações de petróleo bruto do Cazaquistão, permanece fechado após danos aos ancoradouros. Sanções adicionais dos EUA e da UE direcionadas à infraestrutura e ao transporte de petróleo russo restringiram ainda mais as capacidades de exportação.
Estratégia de Produção e Equilíbrio de Mercado
A OPEC+ reforçou o seu compromisso de pausar os aumentos de produção até ao 1º trimestre de 2026 no dia 30 de novembro. O cartel já havia anunciado aumentos de produção em dezembro de +137.000 bpd, seguidos pela pausa no 1º trimestre. Esta abordagem medida reflete o reconhecimento da OPEC+ das condições de excesso de petróleo a nível global. A Agência Internacional de Energia previu um excedente global recorde de 4,0 milhões de bpd para 2026, levando a OPEC+ a pausar o seu plano de restauração—que visa recuperar o corte total de 2,2 milhões de bpd realizado no início de 2024, embora 1,2 milhões de bpd permaneçam por restaurar.
A produção de petróleo bruto da OPEC caiu -10.000 bpd para 29,09 milhões de bpd em novembro. A organização revisou suas estimativas do mercado global de petróleo para o Q3 de um déficit para um excedente de 500.000 bpd, contrastando fortemente com a previsão de déficit de -400.000 bpd do mês anterior. As expectativas de produção dos EUA aumentaram, com a EIA elevando sua projeção de produção de petróleo bruto para 2025 para 13,59 milhões de bpd, em comparação com a estimativa do mês anterior de 13,53 milhões de bpd.
Métricas de Inventário e Produção
O relatório de inventário da EIA de 5 de dezembro mostrou que os estoques de crude dos EUA estavam -4,3% abaixo da média sazonal dos últimos 5 anos, os inventários de gasolina diminuíram -1,8% abaixo da média e os estoques de destilados caíram -7,7% abaixo das normas sazonais. A produção de crude dos EUA durante a semana que terminou em 5 de dezembro aumentou +0,3% em relação à semana anterior, para 13,853 milhões de barris por dia, aproximando-se do recorde de 13,862 milhões de barris por dia alcançado no início de novembro.
Os dados da Baker Hughes indicaram que o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA subiu em +1 para 414 na semana que terminou a 12 de dezembro, embora isso continue a ser modesto em comparação com o mínimo de 4 anos de 407 plataformas no final de novembro. A tendência de longo prazo mostra uma deterioração significativa em relação ao pico de 5,5 anos de 627 plataformas registado em dezembro de 2022, refletindo uma contração de -34% ao longo de 2,5 anos.
A convergência da fraqueza da demanda, a redução do risco geopolítico e as condições de oferta equilibradas a surplus têm, coletivamente, prejudicado os preços do petróleo, estabelecendo um ambiente desafiador para os touros da energia que buscam suporte de preços.