Compreender PFD e Ações Ordinárias: Um Guia Completo para Investidores sobre Títulos de Capital

Quando entrares nos mercados de ações, vais deparar-te com duas categorias fundamentais de ações: ações ordinárias e ações preferenciais (frequentemente abreviadas como PFD). Embora ambas tenham o rótulo de “ação”, funcionam como veículos de investimento distintamente diferentes, com perfis de risco-retorno separados. Compreender essas diferenças é crucial antes de alocar capital em qualquer uma das opções.

A Fundação: O que Diferencia Estas Duas

A ação ordinária representa a participação de propriedade tradicional que a maioria das pessoas imagina ao discutir ações. Quando as notícias financeiras reportam uma subida de 3% numa grande corporação, esse valor reflete o desempenho de ações ordinárias—nunca de ações preferenciais. Os principais índices, incluindo o Dow Jones Industrial Average, S&P 500 e Nasdaq Composite, rastreiam exclusivamente os movimentos de ações ordinárias porque as ações preferenciais exibem uma volatilidade de preço mínima.

A ação preferencial (PFD), apesar do nome, funciona fundamentalmente de forma diferente. Em vez de atuar como uma ação, ela espelha características semelhantes a obrigações: pagamentos fixos de distribuição chegam em intervalos programados, normalmente trimestrais. Com um valor nominal padrão de $25 por ação, as ações preferenciais partilham sensibilidade às variações das taxas de juro com obrigações tradicionais. Quando as taxas sobem, as avaliações de ações preferenciais existentes normalmente diminuem; por outro lado, a queda das taxas impulsiona os preços para cima.

Como Funciona a Ação Ordinária nos Mercados de Capitais

As empresas emitem ações ordinárias através de ofertas públicas iniciais para levantar capital substancial—às vezes bilhões de dólares—permitindo uma expansão rápida e vantagem competitiva. Os acionistas recebem participações de propriedade genuínas, conferindo direitos de voto nas assembleias de acionistas e potenciais distribuições de dividendos.

O mecanismo de criação de riqueza para ações ordinárias opera através de dois canais: valorização de capital e rendimento de dividendos. Em empresas prósperas, os preços das ações tendem a subir ao longo de períodos prolongados à medida que as empresas expandem lucros e criam valor partilhável. Dados históricos demonstram que as ações de melhor desempenho têm consistentemente proporcionado retornos anuais superiores a 20% ao longo de décadas, enquanto o próprio S&P 500 tem uma média de aproximadamente 10% de retorno anual. Além disso, empresas maduras frequentemente distribuem dividendos em dinheiro trimestrais—tipicamente percentagens modestas do preço da ação, mas muitas vezes crescendo 10% ao ano em corporações estabelecidas.

Este potencial de crescimento distingue a ação ordinária do seu equivalente preferencial. Uma empresa bem-sucedida, mantida durante décadas, poderia multiplicar um investimento inicial por várias centenas de vezes, tornando a ação ordinária particularmente atraente para estratégias de acumulação de riqueza a longo prazo.

Por que as Empresas Preferem Emitir Ações Ordinárias

Do ponto de vista corporativo, as ações ordinárias oferecem vantagens significativas. Permitem levantar capital de forma flexível sem criar obrigações financeiras. Ao contrário do financiamento por dívida—onde as empresas devem pagar juros predeterminados e arriscam falência por incumprimento—as ações ordinárias não impõem requisitos obrigatórios de distribuição. Esta segurança estrutural impede a insolvência para empresas que dependem exclusivamente de financiamento de capital próprio, embora transfira o risco totalmente para os acionistas, que não recebem retornos garantidos.

Além disso, listar ações em bolsas cria acesso perpétuo a financiamento através de ofertas subsequentes, estabelecendo estabilidade financeira e reforçando o prestígio corporativo que beneficia tanto a empresa quanto a sua força de trabalho.

A Alternativa de Ações Preferenciais (PFD)

As ações preferenciais ocupam um espaço único entre obrigações e ações ordinárias. Garantem distribuições fixas que precedem quaisquer pagamentos de ações ordinárias, mas apenas após os detentores de obrigações receberem o seu devido. Esta estrutura de prioridade oferece segurança relativa—durante dificuldades financeiras, os detentores de ações preferenciais mantêm prioridade sobre os acionistas ordinários.

Principais características que distinguem as ações preferenciais incluem:

Fluxos de Renda Fixos: As distribuições preferenciais assemelham-se a cupões de obrigações, chegando de forma previsível em horários trimestrais, com rendimentos normalmente superiores às obrigações da empresa devido à sua posição subordinada.

Potencial Perpétuo: Ao contrário das obrigações com datas de vencimento, as ações preferenciais podem permanecer em circulação indefinidamente, proporcionando às empresas soluções de capital permanentes enquanto oferecem aos investidores períodos de retenção indefinidos.

Estruturas de Pagamento Flexíveis: As empresas podem adiar ou omitir distribuições preferenciais sem desencadear incumprimento—uma válvula de segurança não disponível com obrigações. Além disso, as ações preferenciais cumulativas exigem o pagamento eventual de distribuições em atraso, enquanto as versões não cumulativas eliminam essa obrigação.

Oportunidades de Refinance: Após os períodos iniciais de resgate (tipicamente cinco anos), as empresas podem refinanciar ações preferenciais a taxas mais baixas, se as condições de mercado permitirem, potencialmente reduzindo indefinidamente as taxas de distribuição.

Indústrias que Adotam Ações Preferenciais

O capital próprio preferencial concentra-se em setores específicos. Os fundos de investimento imobiliário (REITs), bancos, companhias de seguros, utilidades públicas e parcerias de responsabilidade limitada representam os principais utilizadores. As instituições financeiras preferem ações preferenciais não cumulativas para fortalecer as rácios de capital próprio sem reconhecer passivos de dívida. Os REITs, em particular, adotam ações preferenciais cumulativas, uma vez que o seu modelo de negócio fundamental exige a distribuição de lucros—fazendo o cancelamento de dividendos uma medida extrema que indica dificuldades graves.

Considerações de Investimento: Escolher Entre Ações Ordinárias e Preferenciais

Atração das Ações Ordinárias: Ideal para investidores com horizontes de longo prazo que procuram multiplicar a riqueza ao longo do tempo. A vantagem fiscal é substancial—os ganhos de capital permanecem isentos de impostos até à venda, permitindo décadas de capitalização com diferimento fiscal. Os rendimentos de dividendos eventualmente são tributados, mas a combinação de potencial de valorização e rendimento torna as ações ordinárias atraentes para carteiras orientadas ao crescimento.

Atração das Ações Preferenciais (PFD): Superior para investidores que priorizam rendimento atual sobre valorização de capital. Os rendimentos mais elevados proporcionam fluxo de caixa imediato, especialmente atrativo para aposentados que procuram proteção contra a inflação através de distribuições que crescem de forma consistente. Além disso, os detentores de ações preferenciais enfrentam menor risco de diluição do que os acionistas ordinários—emitir ações preferenciais adicionais não diminui as obrigações de dividendos existentes, ao contrário de novas emissões de ações ordinárias que podem reduzir o valor por ação.

A troca crítica: as ações preferenciais oferecem certeza de rendimento e menor volatilidade, mas abdicam do potencial de valorização transformadora que as ações ordinárias proporcionam. Por outro lado, as ações ordinárias exigem paciência e tolerância ao risco em troca da capacidade de acumular riqueza.

Acesso ao Mercado e Considerações Técnicas

A aquisição de qualquer categoria ocorre através de qualquer plataforma de corretagem online, embora a execução difira ligeiramente. As ações ordinárias usam tipicamente símbolos de três letras (NYSE) ou de quatro letras (Nasdaq). As ações preferenciais utilizam o símbolo base das ações ordinárias mais sufixos que designam séries específicas—uma mesma empresa pode emitir várias séries preferenciais, cada uma com termos e características distintas.

Por exemplo, um grande REIT pode listar ações ordinárias sob um símbolo, enquanto oferece séries D, E e W de ações preferenciais sob tickers modificados, cada uma funcionando como títulos separados com termos individuais. As plataformas de corretagem representam esses sufixos de forma variável, criando potencial confusão para traders que operam com múltiplos corretores.

O Quadro de Decisão de Investimento

A escolha entre ações ordinárias e preferenciais depende dos objetivos financeiros pessoais, tolerância ao risco e horizonte temporal. As ações ordinárias servem para construtores de longo prazo dispostos a enfrentar volatilidade em troca de retornos substanciais no final. As ações preferenciais são mais adequadas para investidores que priorizam rendimento atual e procuram distribuições regulares com previsibilidade relativa.

Portfólios sofisticados frequentemente incorporam ambas as categorias—ações ordinárias para crescimento e ações preferenciais para estabilidade de rendimento—criando estruturas equilibradas alinhadas às circunstâncias individuais e fases de vida em evolução.

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