A subida da taxa do banco central do Japão está a forçar uma séria reflexão em todo o país. Tanto grandes corporações como famílias comuns estão agora a correr para reavaliar as suas estratégias de endividamento. Quando o empréstimo fica mais caro, de repente aquele alavancamento que parecia inteligente há seis meses começa a parecer arriscado. Para empresas com uma dívida substancial em ienes, as contas relativas aos investimentos de capital mudam de um dia para o outro. As famílias também não escapam à pressão—refinanciar a hipoteca torna-se menos atraente, e o incentivo para procurar rendimento noutro lado intensifica-se. Este tipo de mudança de política muitas vezes provoca ondas além dos mercados tradicionais. À medida que os retornos convencionais se tornam menos certos, os investidores exploram cada vez mais classes de ativos alternativas para manter o equilíbrio da carteira. O ponto mais amplo: quando os bancos centrais se movem, todos, desde a sala de reuniões até à mesa da cozinha, têm de recalcular.