A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) publicou um documento de 38 páginas detalhando como os bancos americanos podem solicitar a emissão de stablecoins de pagamento, sendo este um passo crucial para a implementação do《GENIUS Law》. De acordo com esse quadro, os bancos nos EUA podem solicitar a emissão de stablecoins através de subsidiárias, enquanto a FDIC avaliará critérios como saúde financeira, qualidade de gestão e políticas de resgate. O mercado global de stablecoins já ultrapassou 3000 bilhões de dólares, e os bancos americanos irão competir com Circle, Tether e outros.
Do Legislativo à Execução: Marco Regulatório de Stablecoins para Bancos Americanos
(Fonte: FDIC)
O《GENIUS Law》 (denominado oficialmente como “Lei de Orientação e Estabelecimento de uma Lei de Inovação Nacional de Stablecoins dos EUA”) foi aprovado pelo Senado em junho e assinado pelo presidente Donald Trump em julho, tornando-se lei. Essa legislação criou uma estrutura regulatória abrangente para stablecoins de pagamento, incluindo a exigência de que os emissores mantenham reservas de apoio 1:1 em dólares ou outros ativos líquidos de alta qualidade aprovados. Desde a legislação até a proposta de implementação pela FDIC, a regulamentação de stablecoins nos EUA passou do papel para a realidade.
O documento de 38 páginas publicado no site da FDIC detalha os requisitos propostos para a aprovação de subsidiárias de instituições financeiras que emitam stablecoins de pagamento. Segundo a Bloomberg, antes de avançar para a próxima fase de elaboração de regras, o projeto passará por um período de consulta pública. Isso significa que, embora os bancos americanos ainda não possam emitir stablecoins imediatamente, o caminho para a solicitação está claro, e a emissão real pode ocorrer em poucos meses.
O lançamento desse quadro regulatório tem um significado estratégico para os bancos americanos. Por muito tempo, as instituições financeiras tradicionais só podiam assistir de longe enquanto Circle com USDC e Tether com USDT dominavam o mercado de stablecoins, sem participação direta. Agora, a estrutura da FDIC abre a porta para que os bancos entrem de forma regulamentada, o que pode transformar completamente o cenário competitivo do mercado de stablecoins.
A FDIC é a agência responsável por garantir depósitos bancários e supervisionar as instituições membros. Nos últimos anos, a FDIC tem desempenhado um papel mais ativo na definição de como os bancos participam de transações com ativos digitais, incluindo a reconsideração do uso de riscos reputacionais na regulação bancária. Essa mudança influencia a interação entre instituições financeiras e empresas de criptomoedas, e o lançamento do quadro de stablecoins é a mais recente manifestação dessa transformação.
Três principais critérios de aprovação para emissão de stablecoins por bancos americanos
Segundo a proposta da FDIC, os bancos americanos podem solicitar a emissão de stablecoins de pagamento por meio de suas subsidiárias, enquanto a FDIC avaliará as subsidiárias e suas matrizes com base nos critérios do《GENIUS Law》. Esses critérios representam as três principais barreiras que os bancos precisam superar para entrar no mercado de stablecoins.
Detalhamento dos critérios de aprovação
Prova de solidez financeira: Os bancos americanos devem demonstrar que suas matrizes e subsidiárias possuem saúde financeira sólida, com capital suficiente para suportar a emissão e o resgate de stablecoins.
Avaliação de gestão: A FDIC revisará se a equipe de gestão do banco possui conhecimento especializado na operação de stablecoins e capacidade de gerenciamento de riscos.
Sistemas técnicos e de conformidade: É necessário comprovar que a instituição possui infraestrutura tecnológica adequada e políticas de resgate que atendam aos padrões de emissão de stablecoins, garantindo que os usuários possam trocar stablecoins por dólares a qualquer momento.
Após a aprovação, a FDIC atuará como principal órgão regulador federal, supervisionando as atividades de stablecoin dessa subsidiária. Isso significa que as stablecoins emitidas pelos bancos americanos terão maior transparência regulatória e confiança do mercado. Para investidores institucionais e clientes corporativos, stablecoins emitidas por bancos sob supervisão da FDIC podem ser mais atraentes do que produtos de empresas privadas existentes.
Essa estrutura regulatória também oferece vantagem competitiva aos bancos americanos. Atualmente, Circle e Tether, embora de grande escala, não são instituições bancárias reguladas pela FDIC. Assim que os bancos começarem a emitir stablecoins, poderão aproveitar sua base de clientes, confiança na marca e vantagem regulatória para conquistar rapidamente participação de mercado. Imagine, por exemplo, se o JPMorgan ou o Bank of America lançarem sua própria stablecoin — quantos clientes corporativos prefeririam usar produtos respaldados por esses gigantes tradicionais?
Oportunidade dos bancos americanos no mercado de 3000 bilhões de dólares
O valor total de stablecoins em circulação globalmente já ultrapassou 3000 bilhões de dólares, sendo impulsionado quase que exclusivamente por tokens lastreados em dólar. Essa escala de mercado oferece uma oportunidade sem precedentes para os bancos americanos, além de reforçar a posição do dólar na economia digital.
O《GENIUS Law》 recebeu amplo apoio da indústria de criptomoedas, incluindo executivos de Coinbase, Circle, Robinhood e Gemini, que participaram da cerimônia de assinatura do presidente Trump. Esse apoio intersetorial demonstra que, tanto o setor financeiro tradicional quanto as empresas nativas de criptomoedas, reconhecem o valor estratégico de um mercado de stablecoins regulamentado para a economia dos EUA.
Alguns especialistas acreditam que essa legislação é uma ferramenta para fortalecer a liquidez do dólar e ampliar sua influência global por meio de stablecoins, uma visão compartilhada pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. Quando os bancos americanos começarem a emitir stablecoins, esses tokens se tornarão novos veículos de digitalização do dólar, facilitando a posse e o uso do dólar por usuários globais, mesmo em regiões de difícil acesso ao sistema bancário tradicional.
Para os bancos americanos, o negócio de stablecoins não é apenas uma nova fonte de receita, mas também uma estratégia defensiva. Se os bancos tradicionais não entrarem nesse mercado, seus clientes podem migrar para emissores de stablecoins nativos de criptomoedas, levando à perda de depósitos. Por outro lado, ao emitir stablecoins, os bancos podem manter as demandas por ativos digitais dentro de seu ecossistema, além de ganhar taxas de transação, juros e fortalecer o relacionamento com os clientes.
No entanto, a entrada dos bancos americanos no mercado de stablecoins também apresenta desafios. A construção de infraestrutura tecnológica, o recrutamento de talentos especializados em blockchain e a integração com o ecossistema de criptomoedas existente demandam tempo e investimento. Além disso, os bancos precisarão equilibrar conformidade rigorosa com inovação, atendendo às exigências estritas da FDIC enquanto mantêm a competitividade de seus produtos.
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Contagem decrescente para os bancos americanos emitirem stablecoins! FDIC divulga plano de implementação da Lei GENIUS
A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) publicou um documento de 38 páginas detalhando como os bancos americanos podem solicitar a emissão de stablecoins de pagamento, sendo este um passo crucial para a implementação do《GENIUS Law》. De acordo com esse quadro, os bancos nos EUA podem solicitar a emissão de stablecoins através de subsidiárias, enquanto a FDIC avaliará critérios como saúde financeira, qualidade de gestão e políticas de resgate. O mercado global de stablecoins já ultrapassou 3000 bilhões de dólares, e os bancos americanos irão competir com Circle, Tether e outros.
Do Legislativo à Execução: Marco Regulatório de Stablecoins para Bancos Americanos
(Fonte: FDIC)
O《GENIUS Law》 (denominado oficialmente como “Lei de Orientação e Estabelecimento de uma Lei de Inovação Nacional de Stablecoins dos EUA”) foi aprovado pelo Senado em junho e assinado pelo presidente Donald Trump em julho, tornando-se lei. Essa legislação criou uma estrutura regulatória abrangente para stablecoins de pagamento, incluindo a exigência de que os emissores mantenham reservas de apoio 1:1 em dólares ou outros ativos líquidos de alta qualidade aprovados. Desde a legislação até a proposta de implementação pela FDIC, a regulamentação de stablecoins nos EUA passou do papel para a realidade.
O documento de 38 páginas publicado no site da FDIC detalha os requisitos propostos para a aprovação de subsidiárias de instituições financeiras que emitam stablecoins de pagamento. Segundo a Bloomberg, antes de avançar para a próxima fase de elaboração de regras, o projeto passará por um período de consulta pública. Isso significa que, embora os bancos americanos ainda não possam emitir stablecoins imediatamente, o caminho para a solicitação está claro, e a emissão real pode ocorrer em poucos meses.
O lançamento desse quadro regulatório tem um significado estratégico para os bancos americanos. Por muito tempo, as instituições financeiras tradicionais só podiam assistir de longe enquanto Circle com USDC e Tether com USDT dominavam o mercado de stablecoins, sem participação direta. Agora, a estrutura da FDIC abre a porta para que os bancos entrem de forma regulamentada, o que pode transformar completamente o cenário competitivo do mercado de stablecoins.
A FDIC é a agência responsável por garantir depósitos bancários e supervisionar as instituições membros. Nos últimos anos, a FDIC tem desempenhado um papel mais ativo na definição de como os bancos participam de transações com ativos digitais, incluindo a reconsideração do uso de riscos reputacionais na regulação bancária. Essa mudança influencia a interação entre instituições financeiras e empresas de criptomoedas, e o lançamento do quadro de stablecoins é a mais recente manifestação dessa transformação.
Três principais critérios de aprovação para emissão de stablecoins por bancos americanos
Segundo a proposta da FDIC, os bancos americanos podem solicitar a emissão de stablecoins de pagamento por meio de suas subsidiárias, enquanto a FDIC avaliará as subsidiárias e suas matrizes com base nos critérios do《GENIUS Law》. Esses critérios representam as três principais barreiras que os bancos precisam superar para entrar no mercado de stablecoins.
Detalhamento dos critérios de aprovação
Prova de solidez financeira: Os bancos americanos devem demonstrar que suas matrizes e subsidiárias possuem saúde financeira sólida, com capital suficiente para suportar a emissão e o resgate de stablecoins.
Avaliação de gestão: A FDIC revisará se a equipe de gestão do banco possui conhecimento especializado na operação de stablecoins e capacidade de gerenciamento de riscos.
Sistemas técnicos e de conformidade: É necessário comprovar que a instituição possui infraestrutura tecnológica adequada e políticas de resgate que atendam aos padrões de emissão de stablecoins, garantindo que os usuários possam trocar stablecoins por dólares a qualquer momento.
Após a aprovação, a FDIC atuará como principal órgão regulador federal, supervisionando as atividades de stablecoin dessa subsidiária. Isso significa que as stablecoins emitidas pelos bancos americanos terão maior transparência regulatória e confiança do mercado. Para investidores institucionais e clientes corporativos, stablecoins emitidas por bancos sob supervisão da FDIC podem ser mais atraentes do que produtos de empresas privadas existentes.
Essa estrutura regulatória também oferece vantagem competitiva aos bancos americanos. Atualmente, Circle e Tether, embora de grande escala, não são instituições bancárias reguladas pela FDIC. Assim que os bancos começarem a emitir stablecoins, poderão aproveitar sua base de clientes, confiança na marca e vantagem regulatória para conquistar rapidamente participação de mercado. Imagine, por exemplo, se o JPMorgan ou o Bank of America lançarem sua própria stablecoin — quantos clientes corporativos prefeririam usar produtos respaldados por esses gigantes tradicionais?
Oportunidade dos bancos americanos no mercado de 3000 bilhões de dólares
O valor total de stablecoins em circulação globalmente já ultrapassou 3000 bilhões de dólares, sendo impulsionado quase que exclusivamente por tokens lastreados em dólar. Essa escala de mercado oferece uma oportunidade sem precedentes para os bancos americanos, além de reforçar a posição do dólar na economia digital.
O《GENIUS Law》 recebeu amplo apoio da indústria de criptomoedas, incluindo executivos de Coinbase, Circle, Robinhood e Gemini, que participaram da cerimônia de assinatura do presidente Trump. Esse apoio intersetorial demonstra que, tanto o setor financeiro tradicional quanto as empresas nativas de criptomoedas, reconhecem o valor estratégico de um mercado de stablecoins regulamentado para a economia dos EUA.
Alguns especialistas acreditam que essa legislação é uma ferramenta para fortalecer a liquidez do dólar e ampliar sua influência global por meio de stablecoins, uma visão compartilhada pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. Quando os bancos americanos começarem a emitir stablecoins, esses tokens se tornarão novos veículos de digitalização do dólar, facilitando a posse e o uso do dólar por usuários globais, mesmo em regiões de difícil acesso ao sistema bancário tradicional.
Para os bancos americanos, o negócio de stablecoins não é apenas uma nova fonte de receita, mas também uma estratégia defensiva. Se os bancos tradicionais não entrarem nesse mercado, seus clientes podem migrar para emissores de stablecoins nativos de criptomoedas, levando à perda de depósitos. Por outro lado, ao emitir stablecoins, os bancos podem manter as demandas por ativos digitais dentro de seu ecossistema, além de ganhar taxas de transação, juros e fortalecer o relacionamento com os clientes.
No entanto, a entrada dos bancos americanos no mercado de stablecoins também apresenta desafios. A construção de infraestrutura tecnológica, o recrutamento de talentos especializados em blockchain e a integração com o ecossistema de criptomoedas existente demandam tempo e investimento. Além disso, os bancos precisarão equilibrar conformidade rigorosa com inovação, atendendo às exigências estritas da FDIC enquanto mantêm a competitividade de seus produtos.